A banda de Heavy Metal VAINGLORY, criada pelo guitarrista virtuoso Corbin King, lançou recentemente seu novo álbum auto-entitulado, sucessor do aclamado álbum de estréia ‘VAINGLORY 2050’, obtendo excelentes reviews na mídia especializada com ênfase no line-up reformulado agora contando com a fenomenal frontwoman Kate French (ex-CHASTAIN), dona certamente de um dos vocais mais poderosos da cena metal, combinado com riffs e solos destruidores de Corbin e Youngblood, o baixo preciso e consistente de Chris Banja e a bateria esmagadora de Dan Lynch. Após contato feito com a simpática vocalista Kate French, a banda gentilmente concordou em fazer uma entrevista para o site Whiplash.net, conduzida por Nelson Arakaki Jr.
Whiplash: Olá Kate, gostaria de agradecer a você, Corbin e todos da banda por esta entrevista. É realmente um prazer poder trazer as informações diretamente de vocês para os fãs no Brasil.
Kate French: Obrigada Nelson!
Whiplash: Eu escutei o novo CD várias vezes (muito obrigado pela cópia autografada) e posso dizer que soa realmente fantástico. Ele possui música de alta qualidade com menção especial das letras, que estão ótimas! Eu notei que foi você quem escreveu todas as letras, sendo algumas em parceria com o Corbin. Pessoalmente você diria que esse aspecto particular ajuda a diferenciar o Vainglory do seu trabalho anterior, permitindo que você expresse uma maior extensão da sua musicalidade e talento?
Kate French: Na verdade eu também toco guitarra e tenho minhas próprias músicas que escrevi não só a letra, mas também a parte instrumental. Corbin e eu dividimos os esforços neste CD. Eu estou acostumada a escrever todas as letras das músicas como fiz com o Chastain nos últimos três CDs, mas o Corbin é um compositor incrível e fico muito contente de ter o auxílio de alguém que respeito tanto. Um CD fica muito melhor quando se pode colaborar da maneira como fazemos, e este CD é melhor do que tudo o que eu já fiz antes.
Whiplash: Você e Corbin apareceram na cena metal quando assinaram com o selo independente de David T. Chastain, Leviathan Records nos anos 90, mas somente se conheceram mais tarde em 2003. Como foi que você e Corbin decidiram unir forças?
Kate French: Nós começamos com a Leviathan Records e tínhamos que fazer certas coisas dentro das limitações do selo. Agora nós não temos mais limitações com o novo selo na América, a Rebellion Records U.S. No Brasil estamos com a Encore. Nós nos conhecemos através do próprio David Chastain, que me ofereceu para fazer a audição, em 2003. Eu cantei na demo do Vainglory junto com várias outras e fui escolhida como a que se encaixava melhor na música e o resto é história!
Whiplash: Apesar deste novo CD ser tecnicamente o segundo álbum do Vainglory, a banda se refere a ele como sendo o primeiro. Isto seria uma indicação de que agora é que a banda realmente é o que deveria ter sido desde o início?
Corbin King: Sim, a banda anteriormente era um projeto de estúdio co-formada por David Chastain para a Leviathan Records. A banda agora possui membros que eu escolhi pessoalmente, sendo uma banda de verdade para apresentações ao vivo. Os membros atuais são realmente os mesmos que tocam as músicas, enquanto que os antigos não.
Whiplash: Uma faixa do álbum chamou a minha atenção por ser instrumental, a “Decapitation Attack”. Sua técnica é realmente impressionante, Corbin. Eu prefiro evitar comparações, mas li alguns reviews na mídia citando que o seu estilo seria uma mistura de Yngwie Malmsteen com Dimebag Darrell. Você foi influenciado pela escola neo-clássica?
Corbin King: Eu fui muito influenciado pelo Yngwie. Eu estaria mentindo se dissesse que não. Eu realmente não consigo entender como algum guitarrista deste gênero pode dizer que não é influenciado por ele. Entretanto existem muitas outras influências, caras como James Hetfield, Dave Mustaine, Zakk Wylde, Alex Skolnick, DIME, Jason Becker, Marty Friedman, George Bellas.... Eu absorvi um pouquinho de cada um deles através dos anos. Eu só quero colocar o meu toque nisso tudo. Todo mundo se inspira e aprende com alguém... Nós todos apenas carregamos a tocha do nosso próprio jeito. Eu espero deixar a minha marquinha nas coisas para o mundo do metal!
Whiplash: Youngblood, você toca a guitarra de forma excelente. Você foi aluno do Corbin no passado e então após 10 anos de trabalho duro foi convidado em 2005 para integrar a banda na seção rítmica. Puxa, isso que é reconhecimento! Qual foi a sua reação?
John Michael Youngblood: Bem... Já faz quase 10 anos, ainda não, mas falta muito pouco! Eu na verdade nunca havia pensado nisso ou mesmo esperado que acontecesse. Corbin e eu somos amigos há bastante tempo e foi uma grande surpresa quando tudo isso aconteceu. O Corbin nunca gostou de tocar com outro guitarrista em uma situação de banda. Originalmente nós combinamos que eu tocaria o baixo. Eu teria que aprender os lances do baixo e preencher as lacunas para a banda. Nessa mesma época, de maneira inesperada, o Chris apareceu e acabou preenchendo bem aquela posição. Então eu passei para a guitarra e coisa se desdobrou a medida que continuamos. A partir daí só sei que eu já estava detonando na guitarra aprendendo todas as músicas. Eu estou adorando tudo que tem acontecido e só quero continuar e fazer o melhor que puder pela banda. Estamos realmente trabalhando juntos neste novo CD e acredito que iremos prosperar enquanto banda com este novo álbum.
Whiplash: Chris, antes de ser convidado para o Vainglory em 2005, você foi baixista de uma banda de Death Metal chamada Trichinosis e também tocou no Third Indulgence, ambas bandas menores. Então em 2006 você sai em turnê com o Vainglory e toca no Monterrey Metal Fest III no México, o novo álbum sai nos EUA e em breve também estará no Japão. Como você vê essa evolução na sua carreira?
Chris Banja: Eu aprendi muito durante a minha carreira musical. Aprendi o que é uma banda profissional e o que não é. Estou muito orgulhoso de ser parte do Vainglory e de estar no meu primeiro álbum ‘full-lenght’ lançado mundialmente e no meu primeiro vídeo. O Vainglory tem sido uma aventura e eu tenho viajado bastante e estado em revistas, algo que eu nunca havia feito e do qual me orgulho bastante de fazer parte. Somos como uma família, aceitamos uns aos outros por nossas qualidades e defeitos. Vainglory tem sido um ponto alto na minha carreira e nós continuamos indo mais alto. O futuro está ficando brilhante para a banda enquanto ficamos mais fortes como uma unidade. Eu finalmente estou onde deveria estar.
Whiplash: Dan, você é certamente um músico notável e versátil. Você aprendeu a tocar bateria praticamente sozinho e, além disso, antes de se unir ao Vainglory você era baterista de Jazz!!! Isso é o equivalente a transformar água em vinho! Como você resolveu partir para o bom e velho lado negro?
Dan Lynch: Eu acabei partindo para outros estilos meio que naturalmente. Eu fiquei atraído pelo som mais pesado. Adoro a combinação de uma guitarra pesada com a bateria... realmente acaba sendo assim. Eles são complementos. Não tem como ter aquela batida ‘double bass’ acelerada sem as guitarras detonando junto, entendeu? Não teria como indicar um dia específico ou hora que me tornei o que sou agora... tudo apenas aconteceu naturalmente. Eu adoro música, bateria e guitarras tocando metal. Eu só quero é espancar e extrair o máximo da minha bateria e incrementar a música da melhor forma que eu puder. Eu não sou um doutor na música ou nada do tipo, mas eu sei o que funciona... Eu conheço minha bateria... e eu sei como pegar o que está na minha cabeça e botar pra fora na gravação, e é isso o que importa!
Whiplash: Em 16 de Junho, o Vainglory foi co-headliner com a Doro no FLIGHT OF THE VALKYRIES, que é um festival dedicado às bandas de Heavy Metal comandadas por uma frontwoman. Conte-nos como foi e qual a sua visão da cena metal nos EUA hoje em comparação com a Europa.
Kate French: Sim, nós nos divertimos muito no Flight of the Valkyries e ficamos honrados de sermos convidados para tocar com Doro Pesch. A cena metal na Europa é bem diferente dos EUA uma vez que eles nunca viram o movimento grunge como nós vimos. O Vainglory está preenchendo o espaço entre o que realmente é o metal e modernizando-o. Tem um monte de bandas pop com guitarras pesadas ou bandas de death metal classificadas como metal... mas muito poucas bandas verdadeiramente fazendo o que é METAL. Nós somos metal, da bateria às guitarras e vocais... Vainglory é METAL!
Whiplash: Fala sobre o website oficial da banda para que os fãs Brasileiros de metal possam conhecer um pouco mais o VAINGLORY e ouvir algumas das faixas do novo CD.
Kate French: É www.vainglorymetal.com e você pode ouvir 30 segundos de cada música do CD na seção de músicas. Tem um monte de fotos legais e mais informação sobre a banda e o que estamos fazendo. Vão lá conferir!
Whiplash: Kate, eu peço que deixe a sua mensagem aos fãs Brasileiros que tem apreciado seu trabalho desde os tempos do Chastain e que agora estão descobrindo e curtindo o som do novo Vainglory.
Kate French: Eu quero agradecer a todos por lerem esta entrevista e terem conferido o novo Vainglory e meus CDs anteriores com o Chastain. Estou muito honrada em saber que o que fiz está influenciando outras pessoas e dando força para que continuem seguindo adiante nessa coisa louca chamada vida!! Espero ver todos vocês nas turnês! Desejo a todos uma vida saudável e feliz!! Um grande abraço (;!
Whiplash: Kate, Corbin, John, Chris e Dan, muito obrigado pela entrevista. Desejo a todos o que há de melhor!
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