sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Alice Cooper: "morreria se não parasse de beber"

ALICE COOPER está construindo em Phoenix um centro cristão juvenil para jovens marginalizados da região, que deve ser inaugurado em novembro. Matéria da Reuters afirma que o velho roqueiro acredita que o centro de US$7.3 milhões será uma alternativa para jovens marginalizados saírem das ruas e talvez iniciarem uma carreira na música.

"Se você fizer com que um garoto viciado em crack se torne viciado em guitarra, isto mudará sua vida, tenho certeza disto", disse Cooper em entrevista para a Reuters. "Alguns destes garotos simplesmente nunca tiveram uma chance. Tudo que o ambiente onde elas vivem lhes ensina é como desviar de balas e como ser um bom criminoso".

Alice se tornou cristão devotado após superar o alcoolismo há mais de duas décadas. Mas até chegar neste ponto, ele teve de superar muitos obstáculos: "Cheguei ao ponto de beber tanto que toda manhã eu vomitava sangue", disse Alice. "Sujeitos na minha profissão - como Jimi Hendrix e Jim Morrison - geralmente só chegam até os 27 anos de idade. Eu os ví beber até a morte, e estava seguindo o mesmo caminho".

Segundo a Reuters, Cooper ajudou a levantar aproximadamente dois milhões de dólares para o projeto sair do papel, mediante uma organização sem fins lucrativos chamada "Solid Rock Foundation", fundada por ele em 1995 junto com o jovem pastor Chuck Savale.

O centro terá um estúdio de gravação, um salão para shows e uma sala de café com palco para apresentações. As atividades terão mensagens cristãs. "Somos uma organização cristã e esta é nossa fé", disse Cooper.

domingo, 19 de agosto de 2007

Entrevistas: Metal CN entrevista um imenso fã do Metallica e de música extrema!!!

Entrevistado: Ricky Sammy
Matéria por: Luiz Fernando

Metal CN: Ricky, pra começar o nosso papo, eu queria que você se apresentasse aos nossos leitores.

Ricky: Eu sou Ricky 'Wylde' Sammy. Professor de inúmeras instituições de ensino, trabalho com Língua Inglesa há 07 anos. Sou Historiador também pela UFRN e fã de METAL extremo.

Metal CN: Como foi o seu primeiro contato com o rock?

Ricky: Meu primeiro contato com o Rock foi especificamente com bandas extremas de início, já aos 12, 13 anos eu saí das recém descobertas bandas como Guns n’ Roses e Metallica direto para bandas extremas como Dimmu Borgir, Satyricon, Canibal Corpse, Dark Throne e Lacrimosa, somente depois aos 17 ou 18 anos que eu iria retornar a essência Hard Rock / Heavy Metal... Mas meu primeiro contato mesmo foi com o Black Álbum do Metallica e com o Use Your Illusion do Guns N´Roses, era impossível não conhecer esses dois álbuns em 1992.

Metal CN: Mais ou menos com que idade você percebeu que essa paixão não tinha cura, e que iria acompanhá-lo por toda a vida?

Ricky: Rapaz, percebi isso quando vi que já desejava fazer rituais satânicos ao som de bandas de Black Metal norueguês aos 13 anos. (risos). Claro que depois quando se conhece melhor as coisas e quando você vai evoluindo dentro do estilo você percebe as diferenças e o que cada vertente do metal pretende, mas aos 13 anos eu queria muito ser o Satyr do Satyricon... (risos). Foi daí que vieram as tendências de usar preto e cruzes invertidas que usei por cerca de 03 anos, ainda quando estava no colégio. Eu era o único que ia fazer provas com a camisa do Sarcófago que tinha uma caveira vestida de Maria lambendo o rosto de Cristo. Creio que eu fosse o único! (risos)

Metal CN: Você consegue dizer em que momento você se transformou de um fã normal de música em um colecionador?

Ricky: Sim, Sim. Quando passei a negar a mim coisas básicas como comida ou coisas que eu fosse precisar para comprar CDs (risos). Minha vida era juntar dinheiro, passar fome, mas comprar os CDs que queria e acompanhar discografias de bandas que fiz muito cedo como Guns n’ Roses, Slayer, Metallica e Iron Maiden! Tudo pelo METAL! (risos).

Metal CN: Qual o tamanho da sua coleção?

Ricky: Não muito vasta, considerando que hoje a facilidade de Downloads é imensa! Tenho aproximadamente 400 CDs entre Hard Rock “farofa” e Metal Extremo. Me orgulho dessa mínima coleção, se levarmos em conta a pirataria hoje em dia. Me considero um herói por morar em um “cú do mundo” e ainda conseguir esses CDs originais acima de tudo! Minha Nossa! (risos)

Metal CN: Sabemos que você possui muito material do Metallica. Você sabe dizer como foi que a banda te conquistou dessa maneira?

Ricky: Na verdade James Hetfield e cia. não fizeram muito esforço para me conquistar. Eles já ganharam meu coração sendo como são e tomando as atitudes que tomaram ao longo da história do Metallica. Não sou um fã que distingue um Metallica velho de um novo! O Metallica pra mim é um só seja desde a saída de Mustaine e a gravação do Kill em´All até o mainstream do Black Album ou o controverso St. ANGER. O Metallica é um só pra mim e se eu estivesse na pele do Hetfield talvez tivesse feito tudo que eles fizeram. São a melhor banda de Heavy Metal do Mundo! E sem dúvidas 04 caras que revolucionaram o Thrash Metal!

Metal CN: Qual foi o primeiro álbum que você comprou, e porque?

Ricky: Bom, o primeiro álbum que eu comprei foi o Operation MindCrime do Queensryche. Olha que Ironia! Nem sou fã da banda hoje em dia, apesar de gostar dos vocais de Geoff Tate. É que meu contato com Fábio, que era fã de Metal Melódico e meu professor de Matemática, foi grande e ele era fanático pela banda, então minha primeira fase de CDs é essa, comecei com o Operation Mindcrime e em seguida foi inevitável comprar Stratovárius... Essas coisas são círculos viciosos, muitas vezes o estilo te aprisiona e você vai descobrindo mais e mais bandas, só o tempo para te mostrar se são duradouras ou não. Foi o Queensryche, de certa forma, que me guiou do Metal Extremo até o HARD/HEAVY. Irônico, mas tenho muito carinho por aquele CD!

Metal CN: Qual item você considera o mais raro da sua coleção?

Ricky: Ah, um VHS original (monocâmera) da turnê do Metallica do Black Album no Brasil e também não podia deixar de dizer a Edição limitadíssima de CD/DVD do St. Anger e até mesmo a tiragem limitada do CD The Other Side do Godsmack que vem com packs do Metallica e Passes de bastidores. Ah e lógico uma foto do Hetfield em 1994 tirada por um amigo meu, Wolmar, em São Paulo, muito legal mesmo, aquela foto com certeza é um item único.

Metal CN: O que o rock representa na sua vida?

Ricky: Ah, o Rock é a forma pela qual me expresso hoje. Foi com a tradução em casa das letras que aprimorei a ferramenta que dou aula hoje, a língua inglesa. Essa é a minha maneira de viver pelo METAL e de ter minha vida sustentada por ele. Se eu não tivesse parado para traduzir tudo que ouvia, talvez estivesse desempregado hoje! Metal is my life!

Metal CN: Se você pudesse indicar 5 discos de bandas diferentes para alguém, quais você indicaria?

Ricky: (risos) Com certeza indicaria:

Slayer - Seasons in the Abyss

Metallica - The Black Álbum

Guns n’ Roses - Appetite for Destruction

Judas Priest – Painkiller

Morbid Angel - Covenant.

Metal CN: Boas escolhas! (risos) Forme uma banda perfeita. (vocal, 2 guitarras, baixo e bateria)

Ricky:

Vocal = James Hetfield (Metallica)

Guitarra = Zakk Wylde (Ozzy e Black Label Society)

Guitarra = Kirk Hammet (Metallica)

Bateria = Dave Lombardo (Slayer)

Baixo = Steve Harris (Iron Maiden)

Apesar que minha banda dos sonhos já é o Metallica. (risos)

Metal CN: Uma pessoa no cenário do rock/metal que você admira e por que.

Ricky: Com certeza o Madman Ozzy Osbourne por sua força e por ter passado por tudo que já passou com álcool e drogas e ainda nos presentear com composições e melodias fantásticas desde o Black Sabbath e seus projetos solos como o último CD Black Rain, lançado esse ano.

Metal CN: Qual sua opinião sobre o cenário da música pesada nacional?

Ricky: Creio que não sou a pessoa mais indicada para falar desse cenário, mas tenho visto progressos de muitas bandas legais como Krisium e Angra, apesar de odiá-los, e me deixei atrair por Scars, Matanza e Torture Squad! Creio que o futuro do metal nacional é promissor! Pena eu não estar tão a par dele, mas há coisas que gosto... nada como um Viper antigo...mas tudo bem... afinal conseguimos até sobreviver com um Sepultura sem Max no vocal.

Metal CN: Ricky, muito obrigado pelo papo, valeu por ter aceitado participar do Metal CN, e que tudo dê certo na sua vida.

Ricky: Bom, gostaria de agradecer a todos que vão ler e também a você pela oportunidade, é sempre bom poder contribuir com o cenário METAL de qualquer forma! Já havia dito que o Blog é uma tentativa ousada para onde moramos e eu acredito muito no trabalho da equipe, só espero que não desistam no primeiro obstáculo, pois isso não seria nada Punk Rock! (risos) como diaria Jack Black! Agradeço e não deixem de apoiar o METAL! Ele é forte, mas não esqueçam que somos nós que o fazemos acontecer e o que as bandas tocam, elas tocam para nós e por nós. Por isso apóie sua banda e contribua com ela de qualquer forma... isso sim é HEAVY METAL! Tudo de bom e felicidades a todos. Muita cerveja e METAL!!!!

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Próximo álbum do Slayer pode ser o último

Michael Baronas, da revista Worcester, conduziu recentemente uma entrevista com Tom Araya, baixista/vocalista do SLAYER, que falou sobre a atual turnê com MARILYN MANSON e os planos futuros da banda.

Sobre a turnê com MARILYN MANSON:

"Aparentemente nosso empresário tomou para si a tarefa de perguntar, algum tempo atrás, a respeito de uma turnê conjunta com MANSON, e quando eu digo 'um tempo atrás' pode ter sido mais que quatro anos - e eles disseram 'não.' Eles declinaram a oferta. Dessa vez o pessoal do MANSON o chamou e ele disse, 'Deixe-me discutir isso com a banda e te darei a resposta.' E essa é a história que me contaram... Minha primeira resposta foi, 'Uau, isso soa meio que interessante.' Isso deixaria uma noite interessante. É um chamariz, grande o bastante para atrair muitos tipos de pessoas e eu, sinceramente, acho que [a platéia] ficará dividida".

Sobre os fãs do SLAYER serem conhecidos por gritarem o nome da banda durante shows inteiros das bandas de abertura:

"Muitas bandas querem que nós façamos o encerramento, mas algumas preferem tocar por último, como na turnê do SLIPKNOT que nós participamos em 2004. Nós sempre achamos que a primeira banda pega o melhor horário, entende o que quero dizer? Todos estão prontos entre as oito e nove [da noite]. Não ficamos desconfortáveis por abrir para qualquer um, porque isso significa que eles terão de nos seguir. Não quero soar como um babaca, mas para nós, quem toca depois assina seu atestado de óbito. Mas acho que o Manson já tem algo preparado".

A respeito do fim do SLAYER:

"Bem, têm rolado alguns comentários [depreciativos] sobre se assistir um headbanger velho. E eu tenho que concordar. Acho que os STONES podem fazer isso, provavelmente sair e fazer o show deles até uns 80 anos de idade, mas isso não pareceria correto [para nós], entende?"

"Na verdade isso é bem desgastante. É por isso que não vejo como continuar depois de um certo tempo. Nós temos mais um álbum para lançar, que é nosso contrato com [o superprodutor Rick] Rubin e teremos que sentar e discutir o futuro. Mas não consigo me ver fazendo isso quando estiver em idade avançada".

A respeito de sua vida depois do SLAYER:

"Sempre fui o tipo de pessoa que vai na onda e aceita o que lhe é oferecido. Você meio que deixa a vida te levar e tenho sido afortunado o bastante por minha vida ter sido assim desde que me formei na escola. Depois da escola eu estava trabalhando e queria uma folga. Não me deram a folga, então eu saí".

"Lembro de quando o supervisor me perguntou, 'Bem, o que você vai fazer?', eu olhei pra ele e disse, 'Não sei. Vejamos onde a música me leva' Fui cabeça-dura e afortunado o bastante para conhecer uns caras que tinham a mesma visão e direção. A coisa mais difícil a fazer quando se trabalha com música é conseguir pessoas que pensem como você. Acredito que isso tem muito a ver com o motivo de chegarmos onde chegamos, porque compartilhamos a mesma visão".

"A oportunidade sacode sua cabeça e se mostra para você, que precisa ter a iniciativa de vê-la e seguir o que lhe está sendo oferecido. Fomos sortudos o bastante porque a oportunidade apareceu diversas vezes e fomos espertos o bastante para reconhecê-la e agarrá-la".

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Músicos homenageiam Max Cavalera

A nova edição da Roadie Crew, traz, em parceria com a publicação argentina Jedbangers, uma entrevista especial com Max Cavalera. Além da matéria com o líder do SOULFLY, a revista brasileira chamou músicos renomados para uma homenagem a Max e ao SEPULTURA. Confira abaixo alguns dos depoimentos:

Lemmy Kilmister (MOTÖRHEAD)

“Max Cavalera é um homem muito importante. Ele, ao lado do Sepultura, foi o primeiro brasileiro no Metal a realmente tocar fora do Brasil e ganhar uma grande e fanática legião de fãs estrangeiros. Nós os conhecemos em 1991 quando tocamos juntos, e logo percebemos que eles eram arrogantes filhos da puta assim como nós!!! Desde então, tocamos com Max, Sepultura, depois o Soulfly, e aí SEPULTURA com Derrick Green nos vocais. Max e todos eles sempre fazem um show espetacular, e levam os fãs à loucura. O que mais pode ser dito? Saudações a eles e a vocês.”

Kiko Loureiro (ANGRA)

“Quando penso em Max Cavalera, penso em SEPULTURA e tudo o que esta banda sem precedentes no Brasil trouxe de bom para o nosso meio. Max e SEPULTURA mostraram ao mundo que aqui é possível nascer uma banda de estilo único, genuíno, brasileiro, com nosso canibalismo cultural, misturando as influências externas com nossa música. Mostrou que é possível, com muita luta, sair de sua cidade e caminhar para o mundo lado a lado com os grandes, americanos ou europeus. Foi um trabalho de ‘quebra pedra’, e hoje nós do Angra, Krisiun, Korzus, Torture Squad, e outras bandas que contam com prestígio fora do Brasil, usufruímos deste legado deixado por eles. Sempre quando falamos que somos uma banda de Metal brasileira, o olhar não é de espanto, como quem espera um sambista-capoeirista-boleiro tomando café e comendo banana. A expectativa é sempre de música criativa, inovadora e exótica. Agradeceremos eternamente à importância da história e das conquistas de Max e Sepultura.”

Vinnie Paul (HELLYEAH, ex-PANTERA, DAMAGEPLAN)

"Max é Metal! Tivemos o prazer de contar com SEPULTURA e Soulfly em turnês com o Pantera, e eles detonavam todas as noites. Max escreve letras fortes, e as interpreta com convicção e paixão. Seus riffs são destruidores, e ele sempre teve um som de guitarra fantástico. Em síntese, Max é um deus do Metal, que respira e vive este estilo todos os dias. Ele e suas bandas colocaram o Brasil no mapa do Heavy Metal mundial e trouxeram um novo toque tribal à cena. Então, aqui vai para Max: ‘Dente preto meu irmão’."

Mille Petrozza (KREATOR)

“Eu e Max nos conhecemos em 1985, e ele foi o meu primeiro grande amigo no Brasil. Naquela época o nome que ele utilizava era ‘Max Possessed’, e nos correspondíamos por cartas. Em um destes contatos, Igor desenhou e me enviou uma camisa do Sepultura. Jamais me esquecerei disso. Max ainda é um bom amigo, e não mudou em nada com o passar dos anos em relação à sua simplicidade. Sempre que nos encontramos em festivais, conversamos, lembramos dos velhos tempos, e nos divertimos. É muito bom reencontrá-lo. Max é um dos músicos mais criativos e humildes do Metal. Uma lenda viva.”

Kelly Shaefer (ATHEIST, NEUROTICA, UNHEARD)


"Max Cavalera é uma lenda viva, facilmente um dos artistas mais influentes do Metal. Quando nos encontramos pela primeira vez durante as gravações de 'Beneath The Remains', tive a felicidade de trabalhar com ele em uma música chamada 'Stronger Than Hate'. Escrevi algumas letras, e o ajudei na pronúncia, porque naqueles tempos ele não falava inglês nem de perto bem como o faz atualmente. Quando ouvi o resultado daquele disco, pirei com a qualidade da música do Sepultura. Eles tinham ótimos riffs, uma bateria muito pesada e intensa, e essas características unidas eram notáveis. Acho que desde então, Max influenciou muitas e muitas bandas, e vários grupos da atual cena Metal devem uma gratidão enorme a ele. Tenho total respeito por Max e suas bandas, inclusive o Soulfly. Tiro o meu chapéu a ele.”

O artigo também traz depoimentos de Vitor Rodrigues (TORTURE SQUAD), L.G. Petrov (ENTOMBED), e David Vincent (MORBID ANGEL).

Na entrevista, Max Cavalera fala de reunião com o SEPULTURA, questões judiciais acerca do uso do nome da banda, sua relação com a bandeira do Brasil, dificuldades com a imprensa brasileira, sua prisão no Hollywood Rock de 1994, o governo Lula, a carreira e o futuro do SOULFLY, a cena do Metal brasileiro nos anos 80 com DORSAL ATLÂNTICA, OVERDOSE, VULCANO, etc., e o reencontro e o novo projeto com o irmão Igor Cavalera.

Stay Heavy!

sábado, 4 de agosto de 2007

Metallica: A luta de um gigante do Metal

Artigo por: Luiz Fernando

Tudo começou na Los Angeles dos anos oitenta, onde James Hetfield e Lars Ulrich resolveram tocar metal juntos, com inspiração de bandas como Black Sabbath, Led Zeppelin, Saxon e, é claro, Diamond Head (que depois renderia o cover “Am I Evil?” no Garage Inc.).

Começaram a consagrar seu nome na cena da música extrema com a música Hit The Lights na primeira compilação Metal Massacre da gravadora Metal Blade, e começaram a contar com um novo guitarrista, Dave Mustaine na formação. Foram tendo seu nome formado com gravações como No Life ‘Till Leather e a demo Metal Up Your Ass. Devido a problemas de alcolismo Dave Mustaine foi demitido da banda, tendo seu lugar ocupado por Kirk Hammet (ex-Exodus). Nesse perído lançaram três grandes álbuns, o Kill ‘em All, Ride The Lighting e o consagrado Master of Puppets que chegou a atingir a 29ª posição na Billboard, sendo considerado um dos maiores e melhores álbuns de Heavy Metal de todos os tempos e os dois primeiros tendo ajudado a fundar a grande cena do Trash Metal.

Infelizmente em 27 de setembro de 1986, na turnê européia Damage Inc., morre em um acidente de ônibus no trajeto entre Estocolmo e Copenhague o brilhante baixista Cliff Burton, tal evento colocou o futuro do Metallica em questão, mas com o apoio da família de Burton os três membros remanescentes resolveram continuar a fazer música e iniciaram a busca por um novo baixista, tendo se deparado então com Jason Newsted, que entrou já gravando o Garage Days Re-Revisited, onde o novo baixista tocou músicas do início da banda com perfeição.

Após essa gravação experimental veio o primeiro álbum com Newsted na banda, o ...And Justice For All, que apresenta clássicos como One e foi o primeiro álbum da banda a estar entre os dez primeiros da Billboard 200. Em 1991 veio o gigante Black Álbum, que terminou por consolidar o nome do Metallica entre os maiores da música pesada mundial, com clássicos como The Unforgiven, Enter Sandman, Nothing Else Matters, etc. Em 1992, durante uma turnê muito bem sucedida financeiramente com o Guns 'n Roses, Hetfield sofreu severas queimaduras de segundo e terceiro grau devido à pirotecnia durante a abertura de "Fade to Black", impedindo-o de tocar guitarra por um período da turnê. O roadie da banda e guitarrista do Metal Church, John Marshall, preencheu a posição da guitarra de Hetfield durante esse período, e seguiram com a longa turnê que durou quase três anos, voltando aos estúdios para a gravação do álbum Load, realizando no mesmo período shows com o Slash’s Snakepit, Corrosion of Conformity e Slayer. Load foi lançado em 1996 e durante sua produção inicial a intenção era um álbum duplo. Entretanto, foi decidido que seria melhor lançar somente metade das canções primeiro, continuar o trabalho nas canções remanescentes, e lançá-las no ano seguinte. Essa continuação do trabalho resultou no álbum seguinte da banda, ReLoad. Esses dois álbuns representaram uma significativa mudança musical para o Metallica. As melodias rápidas de Trash com composições sobrepostas de guitarra foram substituídas por melodias de blues mas mantendo ainda o enorme peso característico da banda.

Nos anos que seguiram foram lançados o Garage Inc., um álbum duplo onde o Metallica prestou homenagem à diversas bandas que os influenciaram, sendo este um álbum apenas de covers, onde está presenta a já citada “Am I Evil?” do Diamond Head e até mesmo um cover de “Stone Cold Crazy” do Queen. Em 2001 Newsted sai da banda por problemas internos e James Hetfield, vocalista e figura principal no Metallica, entra em uma clínica de reabilitação por problemas com alcoolismo e outros vícios. Seria esse o fim para o Metallica?

Não, de forma alguma. A banda prova sua força voltando, um ano depois da reabilitação de James ao estúdio com o produtor Bob Rock, que também ocupa a função de baixista durante a gravação do álbum St. Anger. Logo, testes são feitos e a banda encontra um novo baixista, Robert Trujillo (ex-Suicidal Tendencies, ex-Ozzy Osbourne), para ocupar o lugar deixado por Newsted. O controverso St. Anger mesmo tendo sido muito criticado acabou ganhando o Grammy 2004 por Melhor Desempenho de Metal, o Metallica fez duas grandes turnês para divulgar o álbum, a Summer Sanitarium Tour 2003 e a Madly In Anger With The World Tour.

Atualmente a banda anunciou estar entrando novamente em estúdio, mas dessa vez com o produtor Rick Rubin (Slayer, Kreator, Slipknot), para a preparação de mais um álbum. Há quem diga que o metallica só foi bom durante a era Mustaine, ou durante a era Burton, há ainda quem diga que eles só lançaram mesmo o Black Álbum de importância e milhares de fâs, não só da banda como da música pesada em geral, desprezam a fase Load/Reload e também o furioso St. Anger. Mas, nem Jesus agradou a todos, por que o Metallica agradaria? Pra mim os caras nunca erraram em toda a carreira deles e estão bem longe de cometerem um erro a esta altura, embora o que importe seja que eles são, de fato, a maior banda de Heavy Metal do mundo, e vai ser muito difícil tirar esse título de Lars Ulrich e Cia.

Stay Heavy!

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Dicas de CDs do mês da Equipe Metal CN:

Lucas Wylde: Luar na Lubre - Saudade
Caio WildChild: Children of Bodom - Are You Dead Yet?
Roberto Bostaph: Yngwie Malmsteen - Inspiration
Luiz Fernando (Nando): Slayer - Reign In Blood

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Rob Halford: "o Heavy Metal nunca acabará"

Em conversa com Bernard Perusse, da Gazette, Rob Halford, do JUDAS PRIEST, comentou, a respeito dos dois jovens fanáticos pela banda, James Vance and Ray Belknap, que cometeram suicídio e cujos pais processaram o grupo: “A reação nos EUA foi fenomenal – o apoio que tivemos dos fãs. Mas foi muito difícil sentar lá e ouvir o promotor basicamente dizer: ‘Aqueles homens ali mataram essas crianças.’ Nós pensamos: ‘O que vocês está falando?’ Foi irreal, mas nós sabíamos que tínhamos que nos erguer pelo que acreditávamos: Nós não tivemos absolutamente nenhuma relação com a morte deles. Nós os mantivemos vivos por um bom período na droga de vida que eles estavam vivendo”.

E sobre o Heavy Metal permanecer invulnerável às modas, ele diz: “Não é fantástico? Isto nunca acabará! Tem estado aí através dos anos 70, 80, ficou ainda mais forte na década de 90 – e mais ainda agora”.

Em relação à longevidade do JUDAS PRIEST: “Nós podemos ou detonar você com ‘Painkiller’ ou podemos tocar uma coisa bonita como 'Last Rose of Summer' do 'Sin After Sin'. E todas as pessoas nos curtem por isso, pois eles não sabem realmente o que esperar. Eu realmente acho que o PRIEST é único. Eu não creio que haja alguma outra banda de Metal no mundo – eu posso dizer isso agora porque eu o tenho vivido por 36 anos – que possa fazer o que fizemos no PRIEST”.

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Q Magazine elege os melhores solos de guitarra

A revista britânica Q Magazine realizou uma votação para escolher "os vinte maiores solos de guitarra de todos os tempos", e o grande vencedor foi David Gilmour, do PINK FLOYD, e seu solo em "Comfortably Numb", seguido por "Killer Queen" de Brian May (QUEEN) e "Stairway To Heaven" de Jimmy Page (LED ZEPPELIN), empatada em terceiro com "Purple Haze", de JIMI HENDRIX.

Segue a lista completa:

01 - Pink Floyd - "Comfortably Numb"
02 - Queen - "Killer Queen"
03 - Led Zeppelin - "Stairway To Heaven" e "Purple Haze" - Jimi Hendrix
04 - Stone Roses - "Love Spreads"
05 - Michael Jackson c/Eddie Van Halen - "Beat It"
06 - Guns N' Roses - "Sweet Child O' Mine"
07 - The Beatles c/ Eric Clapton - "While My Guitar Gently Weeps"
08 - Steely Dan - "Reelin In The Years"
09 - Muse - "Knights Of Cydonia"
10 - Fleetwood Mac - "Go Your Own Way"
11 - Television - "Marquee Moon"
12 - Rage Against The Machine - "Bullet In The Head"
13 - Prince - "Purple Rain"
14 - Neil Young and Crazy Horse - "Like A Hurricane"
15 - AC/DC - "Let There Be Rock"
16 - The Byrds - "Eight Miles High"
17 - The Smiths - "Some Girls Are Bigger Than Others"
18 - David Bowie - "Moonage Daydream"
19 - Radiohead - "The Bends"
20 - The White Stripes - "Ball And Biscuit".